Este é o nome de um filme brasileiro bom. "Apenas o fim". Pois é.
Mais uma vez estou saindo. Em definitivo? Não. Pode ser que volte no futuro, quem sabe, não é?
Muito obrigado por todos que me leram e me acompanharam.
A todos, um adeus curto.
Aos que sabem onde me encontrar, me procurem por lá.
Aos que não sabem, jornalista.1981@hotmail.com que eu conto para vocês.
Até breve.
Casmurro
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Falo
Meu falo
Fala
A língua
Dela
Meu falo
Cala
A boca
Dela
(Sem fotografia porque estou postando de lanhou-se. Ninguém merece computador quebrado...)
Fala
A língua
Dela
Meu falo
Cala
A boca
Dela
(Sem fotografia porque estou postando de lanhou-se. Ninguém merece computador quebrado...)
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Noite
Primeiro foi a Gambiarra. Improvisação de festa para diversão das massas. Catarse coletiva, experiência de libertação, ato de extravagância, deliciosamente desvairado. Euforia, como se a festa fosse algo maior que uma simples festa, de maiores e mais profundos espantos.
à volta, os olhos dos outros procuravam por olhos diferentes (ou iguais, na maioria). Os amigos novos, ganhos na festa, gente nova, cheia de vida, energia, vontade de viver, ali, um grande momento.
Eu só buscava os olhos de Capítu, que dançava feliz sobre um palco lateral. Braços estendidos, sorrisos e abraços com o amigo (não, não oferecia riscos, e mesmo que oferecesse, o que eu podia fazer? Ela é ímpeto e vontade, uma força da natureza, não uma simples mulher), vivendo um momento, esquecendo o marasmo da vida, deixando de lado os problemas, dançando consigo mesma.
Eu ali a olhar minha doce Capitu, dançando qual bacante em festa profana, deixando o corpo bailar, transpirar e eu, a suspirar. Danço com a mãe da Capitu, seus amigos, mas não tiro os olhos de seus olhos de ressaca.
Aprendi a beber cerveja. Aprendi a beber absyntho, aprendi um pouco mais. Dançar sem me preocupar. Aprendi que balada gay é muito mais respeitosa do que balada hetero. Aprendi a gostar dos amigos de Capitu.
Depois, não mais Gambiarra. Só eu e ela, um quarto onde chegamos às 5h e de onde saímos às 19h. Apesar da câimbra, do bater de cabeças, do puxar de cabelos, dos recados e ligações contínuas da mãe, apesar da chuva, nada mais importava. Só eu e ela, dentro daquele quarto, esquecidos do mundo, ouvindo aquilo que eu queria ouvir.
"Mete".
E com dedos, língua e pau, com desejo, vontade e um tesão louco, meti.
De frente, de lado, por cima, por baixo,ela, cansada e dolorida, gozando com minha língua, eu, cansado e dolorido, gozando nas suas costas, experimentando mais uma vez a minha buceta, apertada, molhada, pelada, tarada, louca por mais uma dose, mais uma comida, mais uma metida. Tempo estendido e continuamos a nos amar na cama redonda ouvindo a chuva tamborilando do lado de fora.
"Onde está? Que horas chega?", sogra cobrando. Sogro preocupado com Capitu. E a gente ali, lado a lado, desfrutando de um quarto perdido no acaso, ouvindo só o nosso respirar e nossos assuntos próprios. Ouvindo apenas uma ordem, a ordem de sempre, o imperativo mais forte que nós, a nossa vontade manifesta em palavras.
_ Mete na sua buceta.
à volta, os olhos dos outros procuravam por olhos diferentes (ou iguais, na maioria). Os amigos novos, ganhos na festa, gente nova, cheia de vida, energia, vontade de viver, ali, um grande momento.
Eu só buscava os olhos de Capítu, que dançava feliz sobre um palco lateral. Braços estendidos, sorrisos e abraços com o amigo (não, não oferecia riscos, e mesmo que oferecesse, o que eu podia fazer? Ela é ímpeto e vontade, uma força da natureza, não uma simples mulher), vivendo um momento, esquecendo o marasmo da vida, deixando de lado os problemas, dançando consigo mesma.
Eu ali a olhar minha doce Capitu, dançando qual bacante em festa profana, deixando o corpo bailar, transpirar e eu, a suspirar. Danço com a mãe da Capitu, seus amigos, mas não tiro os olhos de seus olhos de ressaca.
Aprendi a beber cerveja. Aprendi a beber absyntho, aprendi um pouco mais. Dançar sem me preocupar. Aprendi que balada gay é muito mais respeitosa do que balada hetero. Aprendi a gostar dos amigos de Capitu.
Depois, não mais Gambiarra. Só eu e ela, um quarto onde chegamos às 5h e de onde saímos às 19h. Apesar da câimbra, do bater de cabeças, do puxar de cabelos, dos recados e ligações contínuas da mãe, apesar da chuva, nada mais importava. Só eu e ela, dentro daquele quarto, esquecidos do mundo, ouvindo aquilo que eu queria ouvir.
"Mete".
E com dedos, língua e pau, com desejo, vontade e um tesão louco, meti.
De frente, de lado, por cima, por baixo,ela, cansada e dolorida, gozando com minha língua, eu, cansado e dolorido, gozando nas suas costas, experimentando mais uma vez a minha buceta, apertada, molhada, pelada, tarada, louca por mais uma dose, mais uma comida, mais uma metida. Tempo estendido e continuamos a nos amar na cama redonda ouvindo a chuva tamborilando do lado de fora.
"Onde está? Que horas chega?", sogra cobrando. Sogro preocupado com Capitu. E a gente ali, lado a lado, desfrutando de um quarto perdido no acaso, ouvindo só o nosso respirar e nossos assuntos próprios. Ouvindo apenas uma ordem, a ordem de sempre, o imperativo mais forte que nós, a nossa vontade manifesta em palavras.
_ Mete na sua buceta.
Ela
Somos tão diferentes um do outro. Extremamente diferentes.
Vivências diferentes, experiências diferentes.
Sou mais velho, mas, perto dela, sou uma criança, aprendendo a dar prazer.
Aprendendo a fazer gozar. Errando mais do que acertando, como se eu fosse novamente virgem depois de anos de vida sexual.
Sou carinhoso, ela não.
No entanto há algo no toque da mão dela na minha que me deixa tranquilo.
Porém, quando a mão dela não está na minha, a insegurança volta.
Sim, verdade, não me sinto bom o bastante, experiente o bastante, maduro o bastante.
Sou um menino perto dela. E ela, no entanto, não parece se importar.
Mas acaba comigo não ter a segurança necessária para que ela possa sentir em mim aquilo que eu queria que ela sentisse. Queria que ela sentisse "este é o meu homem".
Mas sou um menino, como posso ser homem para ela?
Como posso se, no meio da paixão, no calor dos lençóis, enquanto o corpo dela treme e pede por mim, clama para que eu a invada, a penetre, eu não sei o que fazer?
Ela gosta da minha língua. Pois bem. Eu adoro chupa-la.
Ela gosta do meu pau. Pois bem. Eu adoro fode-la.
É isso que preciso saber. Para ser seu homem, preciso amadurecer. Preciso não ter medo de quando seus dedos não estiverem enlaçados nos meus. Preciso entender que ela vai, voa, viaja, mas volta.
Pois, por mais que eu seja um menino, insolente, inseguro, sem energia, eu sou o homem dela. Mesmo que eu não entenda. Ela me quer.
Vivências diferentes, experiências diferentes.
Sou mais velho, mas, perto dela, sou uma criança, aprendendo a dar prazer.
Aprendendo a fazer gozar. Errando mais do que acertando, como se eu fosse novamente virgem depois de anos de vida sexual.
Sou carinhoso, ela não.
No entanto há algo no toque da mão dela na minha que me deixa tranquilo.
Porém, quando a mão dela não está na minha, a insegurança volta.
Sim, verdade, não me sinto bom o bastante, experiente o bastante, maduro o bastante.
Sou um menino perto dela. E ela, no entanto, não parece se importar.
Mas acaba comigo não ter a segurança necessária para que ela possa sentir em mim aquilo que eu queria que ela sentisse. Queria que ela sentisse "este é o meu homem".
Mas sou um menino, como posso ser homem para ela?
Como posso se, no meio da paixão, no calor dos lençóis, enquanto o corpo dela treme e pede por mim, clama para que eu a invada, a penetre, eu não sei o que fazer?
Ela gosta da minha língua. Pois bem. Eu adoro chupa-la.
Ela gosta do meu pau. Pois bem. Eu adoro fode-la.
É isso que preciso saber. Para ser seu homem, preciso amadurecer. Preciso não ter medo de quando seus dedos não estiverem enlaçados nos meus. Preciso entender que ela vai, voa, viaja, mas volta.
Pois, por mais que eu seja um menino, insolente, inseguro, sem energia, eu sou o homem dela. Mesmo que eu não entenda. Ela me quer.
domingo, 5 de setembro de 2010
Corro
Volto a correr, o vento na cara, os passos leves na orla de São Vicente. Não mais Santos.
Saio de casa e me deparo com a fábrica de vidro. Trânsito pesado em frente. Arfo, subo o caminho de terra que dá na linha do trem e dá acesso à avenida principal. A bermuda me corre na bunda, deixando a cueca cinzenta a mostra. Subo, tiro o celular do bolso e corro. Corro com vontade, sentindo meus pés batendo forte no chão de cimento da calçada irregular. Corro ao lado da fábrica de vidro, sentindo o cheiro da fumaça da rua, dos carros e dos transeuntes, cobertos de suor do dia quente que faz em São Vicente. Corro e compro um novo short para correr mais tranquilo.
Atravesso a rua do shopping correndo. Uma subida leve que me exige dos pulmões velhos um novo fôlego. "Vamos, pulmão dos infernos. Somos melhores que isso", penso comigo enquanto o coração salta da boca.
Doem as pernas, desacostumadas ao esforço. Doem os braços, em seu contínuo mover. Doem os ombros e dói o peito. Mais pelo coração, apertado que pelos pulmões forçados ao limite. "Ainda não. Ainda não posso parar", penso. Não paro. Só quando a dor do corpo vencer a dor da alma, a sensação de abandono e solidão que me tomam. Corro, corro pensando em mil coisas que caem a minha volta. "Porque?" é a pergunta. "Porque é tão difícil conseguir um trabalho?" "Porque dá tanto trabalho pintar um apartamento?" "Porque ela não me liga?"
Por isso eu corro. Corro para não ver passar o tempo sob meus pés. Correndo ele passa rápido, serelepe, dando-me golpes mais leves. Corro para não pensar, pois quando as pernas doem, os pulmões se comprimem, o diafragma vai ao limite, então o cérebro só se ocupa do ritmo, só se preocupa em conseguir oxigênio, só tenta compensar a dor das pernas. Corro para que a dor no corpo vença a dor no coração.
Mas não consegue. O corpo pede tempo. Faz tempo que não corro. Faz tempo que não morro. Quero morrer nos braços dela. Saco! Sheakspeare usava a palavra morrer como uma metáfora para o orgasmo. Sinto que preciso dela. Não só prá gozar, mas para dividir, para não precisar correr, para ter onde deixar minhas angústias, um porto onde meus problemas de mar profundo vão encontrar a paz necessária para serem vencidos.
Venço-me pelo cansaço. Derribo-me à beira do mar, olhando a rua que tinha que vencer, mas não venci. Sento, arfo, canso, penso. Não quero pensar, mas penso. Penso e conjecturo. Penso, conjecturo e não gosto de minhas conclusões. Estou colocando coisas na minha cabeça. Preciso correr mais. O Gonzaguinha não é o bastante, preciso do Itararé. Preciso correr ainda. Ainda tenho pernas, mas não tenho pulmões. Ainda tenho coração. Mas que droga! Podia não ter coração. Assim esta angústia no peito desaparecia. Podia não ter coração, nem escrúpulos, nem pensamentos. Podia ser feito de pernas e pulmões, uns pulmões novos que suportassem a dor do diafragma esticado. Uns pulmões sem fim, que aguentassem correr tanto quanto as pernas desejam correr. Uns pulmões eternos, que aguentassem até que as pernas se tornassem ossos cobertos do limo conquistado na jornada. Até que pudesse mostrar o caminho trilhado de milhas e léguas e quilômetros rodados atrás, com tudo deixado para trás, tudo deixado de lado. Tudo abandonado.
Não. Abandonado não. Tudo a se resolver. Agora não corro, agora penso. Penso e não gosto, não quero pensar. Não quero pensar que minha fama, agora, é de ladrão, que minha ex-esposa está dizendo que eu roubei coisas. Não quero pensar no apartamento para pintar. Não quero pensar no prejuízo que estou levando. Não quero pensar que ela não me liga.. Ela não me liga... Ela não me liga...
Preciso correr, mas agora as pernas não aguentam mais. Preciso correr, mas o corpo dói, os pulmões dóem e a angústia não sumiu. Preciso correr, mas para onde? Já estou perto de casa, subindo a linha amarela, quase no viaduto.
Sim, preciso vencer a subida do viaduto. quinze metros de ladeira íngreme. Quase a escadaria do fórum em Chicago para Rock Balboa. Era em Chicago que Rock se passava? Não lembro. Não lembro de nada. Só sei que preciso correr, preciso chegar lá em cima. Preciso vencer aquela última parte da jornada.
O corpo padece da teimosia da cabeça. Agora o corpo sofre porque a mente não quer cumprir seu papel? Desde quando uma parte do corpo pode falar "não quero mais trabalhar" sem que a pessoa esteja morta? A mente não quer mais. Não quer mais passar por aqueles pensamentos, não quer estar entulhada de pensamentos chatos, repetidos e irreais. Ela não liga porque está sem créditos. Não liga porque está sem tempo. Não liga porque não me quer mais? Não me quer mais? Será que não quer?
A ladeira se estica sob os pés. Passos trêmulos e incertos. Pisadas fundas, calcadas em joelhos vacilantes. Sinto o músculo da panturrilha chorando. Solto um grunhido, junto com o ar. Um kiai desesperado de um guerreiro em fim de luta. A brevidade dos quinze metros torna-se a demora de anos luz de distância. Não sei mais como alcançar o cimo. O cume é tudo o que quero agora, sem mais dor, sem mais angústia, sem mais perguntas. De repente, no meio da ladeira, um estado de paz de espírito me toma, uma sensação de prazer mentirosa e curta. Endorfina, minha velha amiga... quanto tempo... que prazer te ver por aqui. Quase sorrio quando sinto subir pela espinha aquele prazer liquefeito, resultado do suor, da dor e da pressão nos pulmões. Um novo ânimo, um fôlego renovado, passos fortes, decididos, um último grito antes de chegar ao alto da ladeira.
Agarro-me ao poste. Não sorrio. A mente voltou ao estado anterior. A mente voltou às perguntas. Voltou aos questionamentos. A endeorfina se foi após um breve afagar. Ah, prazer mentiroso e tôrpe, me engana com seu toque suave, mas não fica, não dura, como braços de mulher da vida, se estendem para longe ao primeiro sinal de que estamos sem dinheiro. Acabado, jogado do lado do poste, esticando para trás as pernas caimbrosas, arfo, mais uma vez e grunho, mais de raiva do que como libertação.
Mas eu venci a ladeira, corri mais que podia, levei meu corpo além do limite, exauri minhas forças, senti dores maiores e mais lancinantes do que antes.
Agora, mais do que nunca, quero morrer. Nos braços dela...
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Molhada
Desvario estranho
Sentir seu gosto úmido
A molhar minha boca
Cascata de prazer
A enxarcar meus lábios
De querer
Ao teu abrir de pernas
Um rio de fúria a escorrer
De desejo que se verte
Inerte do teu ser
A ensopar tuas pernas grossas
E até no rabo sentir
O gosto da tua buceta
(Ou sera minha? Me perdi)
Esta obra da natureza
Mar caudaloso e salgado
A ensopar os lençóis
A correr, bravio e louco
Prá minha boca, teu gosto atroz
Teu gosto traz
O gosto de todos os ais
Tua (minha) buceta
Molhada de vontade de dar
E eu, duro, teso
Querendo saciar
Teu desejo
Teu querer
A umidade
Que te toma
Arrebata
E quase me mata
De vontade de ter
De vontade de meter.
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Do amor e de outras neuras
Nunca me vi ciumento, possessivo e não acho que um dia me enxergue assim. Creio que o lugar da mulher amada é livre para escolher a mim, se quiser. Sendo sua vontade, certamente que virá aos meus braços e encontrará neles a paz que posso oferecer, as palavras que ela quer ouvir, os beijos que quer sentir.
Conversando com minha mãe uns dias atrás ela me perguntou sobre a Capitu. O que eu achava, como estava me sentindo. Eu disse que a levava a sério de verdade, que estava apaixonado e falei uma coisa que me veio naquele momento e que, ponderando, devo dizer que é uma verdade em mim.
"Mãe, eu tenho a necessidade de estar apaixonado. Isso me faz criar, e eu preciso criar o tempo todo. É isso que faz com que me sinta vivo".
Sim, preciso amar, e escolho exercer este amor plenamente, mas não prendendo ninguém a mim mesmo.
Fiquei tanto tempo sentindo-me vazio, sem amar, quase esqueci a importância disso para mim. Senti-me um talo seco por anos, não criando nada, não sendo inspirado a criar, escrever, suprir minha própria necessidade de deixar impresso o que estava dentro de mim.
Agora, diante de uma musa que me inspira, escrevo. Escrevo sobre minha paixão, escrevo sobre meu sexo, escrevo, simplesmente porque me faz bem escrever. Sinto-me feliz ao concluir um texto e ver o quanto ele fala de mim.
E continuo assim, escrevendo para minha Capitu, deixando-a livre para escolher meus braços, para encontrar em minhas palavras o consolo para suas dores, o eco para seus risos. Não sou o homem mais inteligente do mundo, certamente também não sou o mais seguro, nem o mais claro, mas sei que sou o mais apaixonado. Por mais que minhas idéias por vezes sejam confusas e eu mesmo pareça entrar em contradição, a minha verdade é coerente:
Sou um homem apaixonado, esta é minha verdade.
Conversando com minha mãe uns dias atrás ela me perguntou sobre a Capitu. O que eu achava, como estava me sentindo. Eu disse que a levava a sério de verdade, que estava apaixonado e falei uma coisa que me veio naquele momento e que, ponderando, devo dizer que é uma verdade em mim.
"Mãe, eu tenho a necessidade de estar apaixonado. Isso me faz criar, e eu preciso criar o tempo todo. É isso que faz com que me sinta vivo".
Sim, preciso amar, e escolho exercer este amor plenamente, mas não prendendo ninguém a mim mesmo.
Fiquei tanto tempo sentindo-me vazio, sem amar, quase esqueci a importância disso para mim. Senti-me um talo seco por anos, não criando nada, não sendo inspirado a criar, escrever, suprir minha própria necessidade de deixar impresso o que estava dentro de mim.
Agora, diante de uma musa que me inspira, escrevo. Escrevo sobre minha paixão, escrevo sobre meu sexo, escrevo, simplesmente porque me faz bem escrever. Sinto-me feliz ao concluir um texto e ver o quanto ele fala de mim.
E continuo assim, escrevendo para minha Capitu, deixando-a livre para escolher meus braços, para encontrar em minhas palavras o consolo para suas dores, o eco para seus risos. Não sou o homem mais inteligente do mundo, certamente também não sou o mais seguro, nem o mais claro, mas sei que sou o mais apaixonado. Por mais que minhas idéias por vezes sejam confusas e eu mesmo pareça entrar em contradição, a minha verdade é coerente:
Sou um homem apaixonado, esta é minha verdade.
Engraçado quando sentimos que as coisas mudaram mesmo... O ritmo muda em todos os sentidos. Os sentimentos mudam em todos os sentidos. Uma guinada de 180 graus que nos faz seguir rumo contrário, questionando-nos, muitas vezes, da correção das decisões tomadas.
Esta semana venho sendo acometido de um aperto no coração, uma angústia que surgiu sei lá de onde. Não é dúvida, bem sei. Sei que a separação foi o certo a fazer. Não é o medo, pois o inesperado desta situação nova, o surgimento da nova amada para florir meus dias, dando um cheiro de alfazema para meu amanhecer, as possibilidades e horizontes se abrindo diante de mim, tudo isso tem me alimentado de coragem.
Então o que é?
Acho que preciso encontrar a fonte deste aperto no coração para conseguir encontrar a razão de ser desta dor que desorienta.
Falta um propósito? Não. Tenho sonhos a seguir. Falta dinheiro? Não, e isso nunca foi o problema para mim (sempre foi para os outros, mas, desapegado que sou, nunca tive isto como um problema...). As coisas estão acontecendo rápido demais? Em dois meses passei de empregado em uma empresa, casado e morando com minha esposa para desempregado, separado morando com os pais, mas isso não me aflige, foi plenamente ponderado no meio do caminho.
Agora, porque este buraco? Preciso encontra-lo e acabar com ele, custe o que custar.
Esta semana venho sendo acometido de um aperto no coração, uma angústia que surgiu sei lá de onde. Não é dúvida, bem sei. Sei que a separação foi o certo a fazer. Não é o medo, pois o inesperado desta situação nova, o surgimento da nova amada para florir meus dias, dando um cheiro de alfazema para meu amanhecer, as possibilidades e horizontes se abrindo diante de mim, tudo isso tem me alimentado de coragem.
Então o que é?
Acho que preciso encontrar a fonte deste aperto no coração para conseguir encontrar a razão de ser desta dor que desorienta.
Falta um propósito? Não. Tenho sonhos a seguir. Falta dinheiro? Não, e isso nunca foi o problema para mim (sempre foi para os outros, mas, desapegado que sou, nunca tive isto como um problema...). As coisas estão acontecendo rápido demais? Em dois meses passei de empregado em uma empresa, casado e morando com minha esposa para desempregado, separado morando com os pais, mas isso não me aflige, foi plenamente ponderado no meio do caminho.
Agora, porque este buraco? Preciso encontra-lo e acabar com ele, custe o que custar.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Sem inspiração
Desinspirado
Desesperado
Diante do novo
Um tempo achado
Sem palavras
Querendo nada mais
Que um minuto de silêncio
Que se prolonge por horas
Dias, talvez.
Minha alma cala
Querendo gritar
Busco no agora
O prazer que depois não terei
Calo, não mais necessárias
Enterro minhas palavras
Dentro de mim
Calo
Me aproximando do meu fim.
Vontade
Vontade de te ter. Vontade de meter neste seu corpo meu membro rijo. Saciar seu cio, sua vontade de mulher. Eu, vadio, te comendo, te querendo, nem dizendo a metade das coisas que quero dizer ao vivo. Não revelo meu desejo sincero, este guardo para nós, para quando a sós me cede teus ouvidos para meus desvarios mais destrutivos. Este desejo, o guardo para a madrugada, quando você, molhada, me buscar, clamar por meu nome, entre safadezas, dizendo o quanto me quer fundo, fincado dentro de ti.
Espero sem ansiedade, agora. A hora? Esta chegará, e implicará em saciar os desejos íntimos e as vontades que não mais contemos. Sim, querida... Não mais conter. Isto é o que você precisa saber por agora. Pois tudo o que quero é você e eu, mundo afora, desfrutando do gozo que Deus nos deu.
de quatro
Me come
Me fode
Sacode
O meu ser
Me vira
Do avesso
Confunde
O viver
Me deixa
De quatro
No rabo
Prá ter
Teu pau
Enfiado
Sentindo
Prazer
Me fode
Sacode
O meu ser
Me vira
Do avesso
Confunde
O viver
Me deixa
De quatro
No rabo
Prá ter
Teu pau
Enfiado
Sentindo
Prazer
Só prá me divertir um pouco, escrevendo como mulher. Meu lado feminino anda depravado...
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Ontem
Ontem a vi. Bela, como sempre ela. A vi entre flores e meus sentimentos e minhas emoções apenas se concretizaram mais. A vi mais real, mais humana do que havia visto antes. A vi mais mau humorada, menos sorridente, e lutei para extrair um sorriso daqueles lábios bonitos. A vi mais minha do que nunca, e nunca antes fora minha realmente, não tanto quanto foi ontem, quando me dizia "nãos", não me negando seus carinhos, mas os diminuindo. Ontem ensaiamos a primeira discussão, discordamos sobre pontos desimportantes, como batatas palha, ou fundamentais, como meu comodismo.
Ontem a vi mais brava, sorrindo menos e vi que o que sinto é mais real do que antes. Ontem vi a verdadeira importância de seu sorriso para mim. Pude sentir o quanto me é caro te-lo. Desde a estação da Luz, quando olhou-me assutada até a estação de noite, quando me negou seus beijos, senti nela um desejo real de ter-me em seus braços, por mais que se negasse. "Não gosto de beijar em público". Preciso aprender a conviver com isso, eu, dado a arroubos públicos de demonstração de afeto e carinho, preciso ser mais discreto.
Perguntou-me se eu era carente de carinhos, pois o demonstrava todo o tempo. Não sei precisar o tamanho de minha carência. Não sei precisar onde termina a necessidade de carinho e começa a carência propriamente dita, mas sei que não se trata de querer suprir algo que me faltou (a essência da carência é suprir a falta de algo), pois tive carinho a vida inteira. Trata-se de gostar de carinho, gostar de beijar, gostar de abraçar, afagar, tocar. Não há sensação melhor que tocar a carne da mulher amada, sentindo seu calor, a delicadeza de sua pele, a umidade de seus lábios.
Minha amada é feita de lírios
Sua pele recebe carinhos
E suave fica ao ser tocada
Seus lábios, feitos de chuva
Ou águas de cachoeira
Queira ou não queira
Precisam ser beijados
Minha amada, feita de sol
De brilho se compõe o sorriso da minha amada
Lírios, chuva, sol e canção
Minha amada é a poesia
em sua mais plena encarnação
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Depravação
Não estou lá muito depravado hoje.Não vejo bucetas caindo do céu, nem mulheres se oferecendo a cada esquina, em cada olhar catado nas ruas. Não. Hoje estou com uma depravação tão dolente que chega que dá tristeza. Algo tão simples que queria, um papai-mamãe já me sacia hoje, beijos e carinhos e uma sensação de ninho nos braços da mulher amada. Tudo o que eu precisava era isto, e já me saciava.
Amanhã a vejp. Me guardo para ela até amanhã. Sei que, só de ve-la, sentir seu cheiro, a depravação vai ao limite, as fantasias me deixam tonto e o desejo me amolece e me derrete, dando idéias, planos mirabolantes, fantasias a se realizar.
Amanhã, Capitu... amanhã...
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Minha cura
Doutora das minhas dores de homem
Remédio para o meu ser
No mais, tudo é placebo
Para apaziguar meu querer
Esta roupa branca de que despes
Conceitos, preconceitos, coisas torpes
Quanto mais rápida te livras delas
Mais controlas todas minhas dores
Apazigua esta febre que me toma
Que me faz mergulhar em tal delírio
Que minha mente até se descontrola
Na testa, o suor que deixa o brilho
Enquanto, em enfermeira te tornas
Para saciar a doença de tua ausência
Um Mês
Faz um mês. Um mês que a vi pela primeira vez, com olhares e sorrisos, sentada, de pernas cruzadas, lendo uma agenda ao lado do espelho d'água do MASP. Um mês que fui capturado por sua beleza e pelo gosto de sua boca. Um mês que descobri suas vontades, um mês.
E, um mês depois, o que temos? Namoramos. Sim, namoramos. Em um mês estou completamente apaixonado por esta mulher. Sim, mulher deveras. Mulher vária, multiforme. Mulherão (e quem me conhece sabe que não elogio assim a qualquer uma).
Um mês hoje. Uma semana, também, de nossos afetos mais próximos. Uma semana que a vi completamente desnuda para mim, despida, não só de roupas, mas de medos também. Uma semana que nos entregamos e gozamos e dormimos, e esfregamos os pés e dividimos uma ducha e nos amamos.
Um mês que tenho estes olhos de ressaca de Capitu olhando para mim, doces e lascivos. Um mês do primeiro olhar, um olhar incerto, lançado para mim. Mais alta do que eu imaginava, mais bonita, mais inteligente, mais madura e muito mais sacana (o que adoro)...
Sim, um mês que a felicidade bateu à porta e eu abri.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Este rosto escondido
O rosto que me escondes
Quando gozas
Esta fronte torturada
Por prazer
Esta face, envolvida
Em dedos leves
Este olhar, que tu me negas
Ao me querer
O teu rosto, entre tuas mãos
É escondido
Mas profundo, um sussurro
Posso ouvir
É tua voz, embargada
De libido
Teu querer, no momento
De explodir
Tua vergonha? Não sei
Por que te ocultas
Entre as mãos, os gritos
E as palavras brutas
De um brutal prazer
Fecundo de paixão
Sei que a tua face
Envolta em tuas mãos
Enlevada à enésima
Do prazer
Oculta o grito que eu calo
Sem querer
Tatuagem
Andas em meu corpo
Como tatuagem
Impregnada sob a pele
Impregnando-me do teu tato
E do teu gosto áspero
E cheio de desejo
Estás em mim
Qual marca indelével
Impressa sob a pele
Com tintas de sangue
E paixão
Tatuagem que não sai
Marca que não se tira
Inesquecível
Expressa com ardência
Impressa na demência
De um momento
Cheio de gozo
Como tatuagem
Impregnada sob a pele
Impregnando-me do teu tato
E do teu gosto áspero
E cheio de desejo
Estás em mim
Qual marca indelével
Impressa sob a pele
Com tintas de sangue
E paixão
Tatuagem que não sai
Marca que não se tira
Inesquecível
Expressa com ardência
Impressa na demência
De um momento
Cheio de gozo
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pelo telefone
Não me contive. Ouvindo sua voz, sentindo o desejo burilando dentro de mim, aquela quentura, aquela gastura, aquela vontade de te-la de quatro diante dos meus olhos, enfiando aqueles dedos na buceta molhada (que era minha), não me contive mesmo.
Saquei o pau, duro, pulsando de desejo e, enquanto falávamos de trivialidades, toquei uma gostosa, só por ouvir sua voz. Só por saber que ela estava falando comigo, me dando atenção. Só por isso. Toquei uma punheta para ela.
Só não gozei porque a ligação acabou antes. Vou me guardar para mais tarde, quando ela vai me convidar com aquela voz gostosa e aquele sotaque que ninguém sabe de onde é.
"Fode a sua buceta".
Preciso come-la urgentemente!
Saquei o pau, duro, pulsando de desejo e, enquanto falávamos de trivialidades, toquei uma gostosa, só por ouvir sua voz. Só por saber que ela estava falando comigo, me dando atenção. Só por isso. Toquei uma punheta para ela.
Só não gozei porque a ligação acabou antes. Vou me guardar para mais tarde, quando ela vai me convidar com aquela voz gostosa e aquele sotaque que ninguém sabe de onde é.
"Fode a sua buceta".
Preciso come-la urgentemente!
"Mete"
E foi isso que eu ouvi, com todas as letras e vontades do mundo, com todo desejo encubado ao longo de todo um mês.
"Mete".
Não um convite educado, com porta aberta e saudações. Não. Uma vontade poderosa e lasciva, mais poderosa do que nós mesmos. Uma vontade que nos dominava.
Com ela de quatro, cabelos negros jogados sobre as costas compridas, os dedos experimentando-se, esfomeada de mim, ela repetia.
"Mete. Mete na sua buceta".
Sim. Era minha. Eu a possuía. Mais que deixar-me penetra-la, ela me dava sua buceta, deixando-me fazer o que quiser a ela. Deixando-me penetra-la, sim, mas gozar dela a vontade. Molhada, apertada, nua, entregue. Aquela buceta, descaradamente recebia estocadas daquele pau.
Ela me deu, como quem dá uma flor de cheiro indescritível. Não como sendo algo para que eu consumisse e de que me retirasse depois, mas algo que, após consumado, ficaria impregnado em mim. Era-me dada aquela buceta, como quem dá uma estrela, o coração.
"Mete"
enfiei devagar, com gosto pela umidade, sentindo o aguar daquela buceta esfomeada sendo alimentada pelo pau que lhe comia. Nossos corpos não eram mais dois, mas um único, envolto em movimentos contínuos e ricos de beleza e equilíbrio.
Esconde o rosto quando vai gozar. Cobre os olhos e a boca com as mãos, quase como que querendo se esconder, mas revelando-se inteira, entregando-se inteira. Seus gemidos, seu respirar profundo, o tremor contínuo de suas pernas, a umidade que não cessava.
"Mete"
Ela falava, pedia, implorava e eu, com toda a força, satisfazia seu gosto, seu gozo era o meu prêmio, a minha buceta, aquela que ela me dera, era o meu brinquedo.
No depois, carinhos, abraços, um dormir de corpos colados, os pés se esfregando, o cheiro dela impregnado na pele. E, ainda hoje, ecoando nos ouvidos, o chamado do desejo que era imperativo em nós:
"Mete."
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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