quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Do amor e de outras neuras

Nunca me vi ciumento, possessivo e não acho que um dia me enxergue assim. Creio que o lugar da mulher amada é livre para escolher a mim, se quiser. Sendo sua vontade, certamente que virá aos meus braços e encontrará neles a paz que posso oferecer, as palavras que ela quer ouvir, os beijos que quer sentir.

Conversando com minha mãe uns dias atrás ela me perguntou sobre a Capitu. O que eu achava, como estava me sentindo. Eu disse que a levava a sério de verdade, que estava apaixonado e falei uma coisa que me veio naquele momento e que, ponderando, devo dizer que é uma verdade em mim.

"Mãe, eu tenho a necessidade de estar apaixonado. Isso me faz criar, e eu preciso criar o tempo todo. É isso que faz com que me sinta vivo".

Sim, preciso amar, e escolho exercer este amor plenamente, mas não prendendo ninguém a mim mesmo.

Fiquei tanto tempo sentindo-me vazio, sem amar, quase esqueci a importância disso para mim. Senti-me um talo seco por anos, não criando nada, não sendo inspirado a criar, escrever, suprir minha própria necessidade de deixar impresso o que estava dentro de mim.

Agora, diante de uma musa que me inspira, escrevo. Escrevo sobre minha paixão, escrevo sobre meu sexo, escrevo, simplesmente porque me faz bem escrever. Sinto-me feliz ao concluir um texto e ver o quanto ele fala de mim.

E continuo assim, escrevendo para minha Capitu, deixando-a livre para escolher meus braços, para encontrar em minhas palavras o consolo para suas dores, o eco para seus risos. Não sou o homem mais inteligente do mundo, certamente também não sou o mais seguro, nem o mais claro, mas sei que sou o mais apaixonado. Por mais que minhas idéias por vezes sejam confusas e eu mesmo pareça entrar em contradição, a minha verdade é coerente:

Sou um homem apaixonado, esta é minha verdade.

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