quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ela

Somos tão diferentes um do outro. Extremamente diferentes.
Vivências diferentes, experiências diferentes.
Sou mais velho, mas, perto dela, sou uma criança, aprendendo a dar prazer.
Aprendendo a fazer gozar. Errando mais do que acertando, como se eu fosse novamente virgem depois de anos de vida sexual.
Sou carinhoso, ela não.
No entanto há algo no toque da mão dela na minha que me deixa tranquilo.
Porém, quando a mão dela não está na minha, a insegurança volta.
Sim, verdade, não me sinto bom o bastante, experiente o bastante, maduro o bastante.
Sou um menino perto dela. E ela, no entanto, não parece se importar.
Mas acaba comigo não ter a segurança necessária para que ela possa sentir em mim aquilo que eu queria que ela sentisse. Queria que ela sentisse "este é o meu homem".
Mas sou um menino, como posso ser homem para ela?
Como posso se, no meio da paixão, no calor dos lençóis, enquanto o corpo dela treme e pede por mim, clama para que eu a invada, a penetre, eu não sei o que fazer?
Ela gosta da minha língua. Pois bem. Eu adoro chupa-la.
Ela gosta do meu pau. Pois bem. Eu adoro fode-la.
É isso que preciso saber. Para ser seu homem, preciso amadurecer. Preciso não ter medo de quando seus dedos não estiverem enlaçados nos meus. Preciso entender que ela vai, voa, viaja, mas volta.
Pois, por mais que eu seja um menino, insolente, inseguro, sem energia, eu sou o homem dela. Mesmo que eu não entenda. Ela me quer.

7 comentários:

  1. sera realmente? ou é somente você que acha isso?

    ResponderExcluir
  2. Anônimo
    Acho o que? Que sou um menino? Que ela me quer? Que não sou homem o bastante? Que ela goste de mim?
    Tantas perguntas divergentes, Anônimo...

    ResponderExcluir
  3. Penso que o outro lança olhares sobre nós, em nossos recantos que nem sabiamos qe existiam.
    E outro nos ajudar na construção de um ver menos turvo...
    E você descobre que já era o H dela... por isso vai, voa e sempre volta.

    Abraços,
    Mônica

    ResponderExcluir
  4. Já te falei que não é uma questão de ser ou não carinhosa. Talvez seja questão de você notar outras formas de carinho, que não sejam ficar "em cima" o tempo todo.

    Tudo é questão de saber dosar, saber reconhecer sem que eu precise te dizer o tempo todo.

    ResponderExcluir
  5. Sentimental:
    Não... não tem como não querer...

    Mônica:
    O outro é fundamental na construção de n´[os mesmos.

    J...
    Entendi o que quer dizer... Preciso aprender sobre outras formas de receber carinho... Me ensina?

    ResponderExcluir